NOMEADO

Carlos Leitão

Carlos Leitão nasceu a 11 de setembro de 1979, em Lisboa. Canta, escreve, compõe, produz e toca guitarra clássica.

Começa a cantar desde muito cedo e, aos 10 anos, ganha a “Grande Noite do Fado”, na categoria de ‘juvenis’, no Coliseu dos Recreios, em Lisboa.

Com 11 anos, inicia as aulas de guitarra clássica e cedo começa a acompanhar-se a si mesmo e a outros fadistas.

Ao longo do tempo, partilha palcos e estúdio com nomes como Mariza, Rui Veloso, Cristina Branco, Custódio Castelo, Cuca Roseta, Lenita Gentil, Júlio Resende, entre muitos outros.

Carlos alcança, com sucesso, o curso superior de Comunicação Social e, com 18 anos, dedica-se profissionalmente à carreira de jornalista sem, no entanto, deixar a música de parte. Aos 30  abandona o jornalismo e dedica-se a 100% à música passando a fazer parte do elenco fixo do Clube de Fado, em Lisboa, até aos dias de hoje.

Com 33 anos, Carlos Leitão sente o amadurecimento dos sonhos e das ideias de anos, materializando-o no seu primeiro disco de originais “Do Quarto”, produzido por Custódio Castelo, em 2013.

Com a edição do disco “Sala de Estar” (2017), o fadista inicia uma tour que o leva a palcos como o CCB, Feira de S. João e Teatro Garcia de Resende, ambos em Évora, Castelo de Arraiolos, Festas de Corroios, entre muitos outros.

A fechar o ano, é distinguido com o prémio ‘Música’ da revista Mais Alentejo.  Com este disco, esgota as salas do Museu de Lisboa – Santo António, e do Museu do Fado. É igualmente o representante do Fado na Feira “O Tapete está na Rua” (Arraiolos), faz a primeira parte do concerto da Ana Moura no Festival Montepio Fado Cascais e fecha a última noite do Festival Santa Casa Alfama, no palco do Museu do Fado.

A ‘Trilogia da Casa’ é fechada com “Casa Vazia”, em 2019, disco que venceu o Prémio International Portuguese Music Award (IPMA) com o tema “Um quarto para as duas” de Jorge Benvinda.

Para este disco, o professor Júlio Machado Vaz escreveu a sua primeira letra para um fado, a mesma que viria a dar título ao álbum. A ele, juntam-se Salvador Sobral, João Só, Vitorino, To Zé Brito e Marco Horácio, entre outros, uma seleção de excelência que Carlos Leitão trouxe para encher a sua “Casa Vazia”, ainda sem adivinhar o que viria em 2020…

Com a pandemia, os confinamentos e a cultura parada, Carlos Leitão intensifica a criação artística redescobrindo a prosa e aceitando o desafio de escrever uma crónica para uma revista semanal. Os confinamentos sucessivos adensam-lhe o volume de escrita e, com a naturalidade de quem ama o que faz, escreve pela primeira vez dois contos, um deles infantil.  Carlos Leitão, em contracorrente, imaginou então um futuro livre de covid e as alterações que  traria à vida das pessoas. Nasceram “Santo Covid” (passado em Lisboa, na típica Alfama, o bairro que o inspira e onde vai diariamente cantar ao Clube de Fado), e “Blue, a gata dos olhos verdes”, um conto infantil inspirado no seu amor profundo pelas gentes e pelas terras do Alentejo. Em 2021 escreve um terceiro conto, inspirado em Amália e no tema “Tive um coração, perdi-o”, escrito para o Disco/Livro “Brincar aos Fados, Vol. 2.

O regresso à vida normal levou-o a estúdio para consagrar o novo disco “Simples”, lançado em fevereiro de 2022 e apresentado no Teatro Maria Matos, em Lisboa.

Carlos Leitão assina 10 dos 11 temas de “Simples”, ficando o fecho do disco a cargo de Tiago Torres da Silva e Paulo de Carvalho. Entre o fado tradicional e as suas próprias composições, o  cantautor concebeu o disco assente na matriz da simplicidade, desde os títulos dos temas aos arranjos musicais, também da sua autoria. O dueto com Paulo de Carvalho, em “O biltre”, e as composições de João Filipe e António Zambujo juntam-se ao caminho daquele que Carlos Leitão  considera inequivocamente o seu melhor disco.

Nestas viagens, conta com o seu set de músicos de sempre: Henrique Leitão e Bruno Chaveiro (guitarras portuguesas), Luís Pontes (viola) e Carlos Menezes (baixo). Para o grafismo, escolheu o bom gosto e a simplicidade de Ana Faísco (Atelier Mosaicos d’ Alcaria), a captação e a gravação do disco ficaram a cargo de Fernando Nunes, do estúdio Pé de Vento, e a capa foi desenhada pelo Padre Clemilson Bernardes, amigo que escolheu a iconografia para homenagear as coisas simples da vida de Carlos Leitão.

Os seus concertos são viagens intensas entre as composições originais e o fado tradicional.  Lisboeta por nascimento e alentejano por amor, Carlos Leitão transforma o palco numa sala de estar, acolhedora e cúmplice, ao jeito da tertúlia alentejana, um espaço de verdade e de partilha em que o próprio acaba por se revelar, por completo, em cada espetáculo.

Em janeiro regressou à Áustria, país onde há mais de 10 anos faz uma tournée anual de cerca de 15 salas. Aclamado por terras de Mozart, Carlos Leitão estendeu nos últimos anos a tournée a Alemanha, Itália e Suíça.

De permeio na sua vida musical, Carlos continua a compor para si, bem como para outros artistas, e terminou muito recentemente o seu primeiro romance, “O tempo do terrorista”. A edição do livro e a gravação de um disco novo são os seus próximos desafios.

NOMEAÇÕES

Melhor Albúm de Fado