NOMEADO
Paulo Flores
Embaixador da Boa Vontade das Nações Unidas em Angola, autor, compositor e intérprete, Paulo Flores constrói há mais de trinta anos uma obra notável, onde a poesia e as melodias sustentam uma narrativa que faz de forma única um retrato traduzido da alma angolana.
O artista fez parte do movimento da Kizomba no final da década de 80: esta Kizomba, que começou como uma dança, representa uma nova era da música e da história de Angola, reconhecível por um revestimento eletrónico que veste e suporta uma mistura de zouk e música tradicional africana (Congo e Angola) que está até então na memória de todos.
Desde a década de 90 com temas como, “Sarrabulho” em 1992 e os temas “Patala” , “Mukanda” e “Susana” do álbum “Brincadeira tem hora” e principalmente em 1995 com o álbum “Canta meu Semba”, Paulo Flores reapropriou-se dos ritmos do Semba de outrora, introduzindo letras em português mescladas ao kimbundo da avó materna e à gíria Luandense, criando um universo que retrata de forma única, o viver e o sentir dos angolanos.
Paulo Flores inscreve o seu trabalho numa linguagem que assenta na procura e na valorização do património musical angolano, com espaço para a influência de outros géneros musicais. Surge hoje nesta bem sucedida mistura de influências caribenhas, brasileiras, afro cubanas e africanas. Para além do seu papel na música, desempenha ainda um papel social quer na colaboração com jovens músicos angolanos, quer no seu envolvimento em ações de solidariedade social ou enquanto Embaixador da Boa Vontade da ONU em Angola (2007).
NOMEAÇÕES
Prémio Lusofonia