NOMEADO
Joly Braga Santos
José Manuel Joly Braga Santos (Lisboa, 14/5/1924 – id., 18/7/1988) é uma das figuras cimeiras da música portuguesa do século XX, ombreando com nomes como Luís de Freitas Branco (1890-1955), Fernando Lopes-Graça (1906-94) ou Jorge Peixinho (1940-95). Compositor prolífico, teve também actividade relevante como maestro e como crítico musical. Natureza musical precoce, foi aluno particular de Luís de Freitas Branco, cuja forte personalidade haveria de marcar a sua primeira fase criativa, que se prolonga até ao período que passa em Itália (entre 1957 e 1961).
A produção camarística de Joly Braga Santos (1924-88) tem sido tradicionalmente relegada para um segundo plano, face ao apelo mais imediato das suas obras orquestrais/sinfónicas. E no entanto ela ocupa um espaço importante no conjunto do seu catálogo, com um total de 18 obras. Ao lado de géneros historicamente consagrados, como o quarteto e o sexteto de cordas, ou o trio e o quarteto com piano, Joly cultivou uma grande variedade de formas alternativas e também a pequena forma, normalmente motivado por relações de amizade e/ou destinatários muito precisos, em jeito de oferta ou homenagem, sucedendo mesmo que o temperamento dos intérpretes para quem as escrevia “vertesse” de certo modo para o próprio carácter das peças.
O presente CD, 3.º e último volume da integral da sua música de câmara levada a efeito pela MUSICAMERA, coloca em destaque esse lado mais miniatural e não raro assaz intimista da sua obra camarística.